Como cuidar e proteger o seu bebê de resfriado

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É COMUM os bebês pegarem muitos resfriados pelo fato de que seu sistema imunológico ainda é frágil e não está preparado para combater os inúmeros microrganismos que causam infecções.

O vírus que causa resfriado e gripe se espalha pelo ar quando alguém contaminado espirra ou tosse, chegando inclusive em superfícies, por exemplo, mesas, cadeiras e brinquedos. No momento em que as crianças entram em contato com essas superfícies e depois colocam as mãos na boca, é bem provável que um resfriado ou quadro gripal se instale nos pequenos.

Frequentemente, os bebês ficam resfriados na creche ou na pré-escola. Ou, por outro lado, eles podem se contaminar através de familiares que trazem a infecção para dentro de casa.

A manifestação do resfriado comum em crianças é diferente do resfriado observado em adultos. Crianças com menos de seis anos têm, em média, seis resfriados por ano. A duração dos sintomas pode variar em torno de 14 dias.


bebe resfriado


A secreção nasal com cor é característica de resfriados em crianças e não indicam superinfecção bacteriana ou sinusite. Em bebês menores de um ano, são frequentes febre até 38°C, irritabilidade, falta de apetite, vômitos e diarreia.

Sinais físicos são inespecíficos, mas podem envolver eritema e edema da mucosa nasal, bem como moderada linfadenopatia.

Caso seu filho tenha menos de 90 dias, ligue para o pediatra logo no início da doença. Nos bebês, é particularmente vital garantir que uma doença mais séria esteja ausente, principalmente supondo que a criança tenha febre.

A maioria dos resfriados comuns melhora sem tratamento, geralmente no período de 7 a 10 dias, mas a tosse pode continuar por mais tempo. Não adiantar dar antibióticos para o seu filho, pois esses medicamentos não matam vírus.

Tenha cuidado com os medicamentos de venda livre, pois devem ser evitados em crianças. Medicamentos para resfriado e tosse não são seguros para bebês e podem ser bastante perigosos, por possuírem efeitos adversos potencialmente graves, incluindo overdoses fatais em crianças menores de 2 anos. Apenas em casos específicos, os medicamentos de venda livre podem ser considerados (e sempre com cautela e sob supervisão do pediatra).

Por exemplo, você pode usar analgésicos (medicamentos de venda livre) para baixar a febre do seu filho, se o resfriado estiver o deixando ansioso e desconfortável.

De acordo com a Academia Americana de Pediatria, apenas acetaminofeno e ibuprofeno são recomendados para crianças menores de 6 anos. A febre é importante para a reação natural do seu filho à infecção, por isso pode ajudar a permitir que ele tenha uma febre baixa.

Evite dar aspirina. Se seu bebê tiver menos de 90 dias, não dê paracetamol, até que ele tenha sido consultado por um médico especialista. Tente não dar ibuprofeno a uma criança com menos de meio ano de idade. Consulte o pediatra caso você tenha dúvidas sobre a dose certa para o seu filho.


Alternativas naturais para tratar o resfriado do seu bebê

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Existem medidas mais seguras e naturais que podem tratar o resfriado de um bebê. Você pode tentar as seguintes alternativas:

  • Ingestão de líquidos: o consumo de líquidos durante um resfriado é a base do tratamento em bebês e crianças. Os líquidos são vitais para prevenir a desidratação. A melhor escolha se baseia no leite materno ou fórmula. Líquidos adicionais não são necessários. No caso de você estar amamentando seu filho, permaneça assim, pois o leite materno oferece segurança adicional contra micróbios causadores de frio. Mantenha o bebê hidratado, suavizando as secreções, pois são mecanismos de benefício potencial;

  • Utilize umidificador de ar no ambiente em que o bebê dorme: o ar umidificado é frequentemente utilizado pelos pais e sugerido por especialistas em serviços médicos. O mecanismo de ação ainda não é esclarecido, mas pode incluir melhor drenagem das vias aéreas superiores entupidas. Um estudo publicado pela Cochrane Database Systematic Reviews analisou a vantagem da inalação de vapor e não pôde sugerir sua utilização para o tratamento dos sintomas de resfriados comuns, apesar de três dos seis estudos rastrearem as vantagens do vapor para aliviar os efeitos colaterais em crianças resfriadas. Nenhum efeito colateral significativo relacionado à inalação de vapor foi contabilizado;

  • Aspire o nariz do seu bebê: Mantenha as passagens nasais do seu filho limpas com uma seringa de bulbo elástico. Aperte a seringa para remover o ar. Incorpore a ponta do bulbo em torno de 6 a 12 milímetros no nariz do seu filho, apontando para trás e na lateral da narina. Solte o bulbo, segurando-o enquanto atrai o muco do nariz do seu filho. Remova a seringa do nariz do bebê e esvazie o muco em um lenço de papel. Repita esse procedimento com a mesma frequência, dependendo da situação de cada narina. Lave bem a seringa do bulbo com sabão e água.

  • Faça o bebê dormir: seu bebê necessita dormir quando está doente. Então, incentive seu filho a dormir criando uma rotina confortável, como colocar um fundo musical para relaxamento ou tomar banho com ele.


Quando procurar um médico?

Em bebês de até 3 meses, uma febre de 38 graus já é um alerta para procurar atendimento médico imediato. Para bebês mais velhos, observe se a febre dura mais de 3 dias, acompanhado de outros sintomas como respiração intensa, chiado no peito, dificuldade para respirar ou micção infrequente.

Pode ser sinal de pneumonia. Se os sintomas piorarem, visite o pediatra o mais rápido possível.


REFERENCIAS

GOLDMAN, R. D. Treating cough and cold: Guidance for caregivers of children and youth. Paediatrics & Child Health, v. 16, n. 9, 2011.

SAHIN, O. N. A.; GULEN, F. Approach to Common Cold in Children. The Journal of Pediatric Research, v. 2, n. 1, p. 1-6. 2015.

Dra. Celia Yunes Portiolli

CRM-SP 27971 / RQE 5148 – 19469 Médica Pediatra e Especialista em Acupuntura Área de Atuação em Dor pela AMB (Associação Médica Brasileira), Coordenadora do Curso de Especialização em Acupuntura do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado em Medicina Chinesa Médica colaboradora do Ambulatório de Acupuntura do Centro de Dor da Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

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